Obs.: Conteúdo publicado em 2003, e migrado para este site sem alterações.

Apresentação

Na década de sessenta, o Acre importava carne da Bolívia e de outras regiões do Brasil. Apenas as populações de maior renda tinham acesso  a este produto e,  pessoas que aqui viviam naquela época informam que era necessário levantar de madrugada e enfrentar filas para conseguir adquirir o produto.

A pecuária bovina desenvolvida no Acre na década de sessenta, que era  uma atividade incipiente e extensiva, desenvolvida por pequeno número de produtores, tornou-se a atividade econômica mais importante do setor primário no final da década de noventa. Esta atividade é desenvolvida por mais de 20.000 produtores, gerando mais de 40.000 empregos na cadeia produtiva, com receitas brutas de aproximadamente 200 milhões de reais em 2002.

O Acre produz carne totalmente a pasto, com um produto de excelente qualidade que é exportado para diversas regiões do país. Nos últimos quatro anos, o esforço conjunto do setor privado, dos governos federal, estadual e municipais, na execução do Programa de Erradicação da Febre Aftosa, tirou o Estado da categoria de risco desconhecido para a de risco baixo. Com mais de três anos sem a ocorrência de casos desta doença, o Acre tem a perspectiva de se tornar área com risco desprezível, ou seja, área livre da Febre Aftosa com vacinação já em 2003.

Apesar dos grandes avanços experimentados nos últimos vinte anos, a pecuária ainda enfrenta grandes desafios, entre os quais se destacam: 1) existência de extensas áreas degradadas; 2) a morte de extensas áreas de pastagens de Brachiaria brizantha cv. Marandu; e, 3) os sistemas extensivos com baixo nível tecnológico que predominam em grande parte das pequenas, médias e grandes propriedades do Estado do Acre.

A Embrapa Acre participa de forma efetiva do esforço conjunto dos atores públicos e privados envolvidos na cadeia produtiva da pecuária de corte, para viabilizar o desenvolvimento de sistemas de produção de pecuária bovina que contribuam para o desenvolvimento econômico do Estado do Acre e, ao mesmo tempo, propiciem melhor renda e qualidade de vida para as famílias dos produtores e assegurem a conservação do meio ambiente.